Dr. Denyei Nakazato

Dr Denyei Nakazato - oncologista clínico

#1 Quem cuida do paciente com câncer de cabeça e pescoço?

O médico responsável pelo cuidado, acompanhamento e tratamento é o oncologista clínico.

Conta com apoio de colegas médicos especialistas (como cirurgião de cabeça e pescoço, radioterapeuta) e da equipe multiprofissional competente (como enfermagem, odontologia, farmácia, fisioterapia, psicologia e nutrição).

O Dr. Denyei Nakazato é médico oncologista clínico, formado pela USP.

Atua no Hospital Santa Paula – Dasa Oncologia, em São Paulo (SP), com atendimentos particulares e por convênios do paciente com câncer de cabeça e pescoço.

#2 Introdução sobre o câncer de cabeça e pescoço

O câncer de cabeça e pescoço constitui um grave problema de saúde, com mais de 600 mil casos novos por ano no mundo todo, e a maioria ocorre nos países em desenvolvimento. É mais comum em homens que mulheres.

O pescoço é uma região vital e muito sensível do nosso corpo, por ter como funções a passagem de ar, comida, bebida, e por isso contém órgãos e vasos sanguíneos muito importantes.

Por isso, os tumores nessa região podem afetar a fala, a respiração, a alimentação, a hidratação, além de poder causar dores ao paciente e ter grande impacto na sua qualidade de vida.

#3 Quem tem mais risco de ter um câncer de cabeça e pescoço?

Os principais fatores de risco são:

  • FUMAR
  • Uso abusivo de ÁLCOOL
  • Infecção crônica por HPV (Papiloma Vírus Humano) e EBV (Vírus Epstein-Barr)

Ou seja, as chances são maiores para alguém que fuma e bebe em excesso, mas sabemos que mesmo quem não tem nenhum vício pode vir ter a doença em algum momento.

#4 Quais são os locais ou tipos de câncer de cabeça e pescoço?

  • Câncer de lábio
  • Câncer de base de língua
  • Câncer de gengiva
  • Câncer de cavidade oral/boca
  • Câncer de palato (“céu da boca”)
  • Câncer de glândula submandibular, sublingual ou salivar
  • Câncer de amígdala
  • Câncer de orofaringe
  • Câncer de nasofaringe
  • Câncer de seio piriforme
  • Câncer de hipofaringe
  • Câncer de faringe

O câncer de tireoide em geral é separado dessa classificação, tendo tratamento e condução diferente dos demais.

#5 E o que pode sentir ou perceber uma pessoa com câncer de cabeça e pescoço?

Câncer de Cabeça e Pescoço - Dr. Denyei Nakazato - Oncologista Clínico
  • Lesão ou afta ou mancha que não melhoram (na boca, lábio, língua, gengiva ou em outra parte)

  • Nódulo ou caroço que aparece e crescem no pescoço

  • Dor ou dificuldade para engolir

  • Engasgos, tosse persistente em piora

  • Rouquidão ou mudança de voz

  • Sangramento/dor pela boca ou garganta

  • Falta de ar

  • Fraqueza

  • Perda de peso, falta de apetite

#6 Como se descobre que está com câncer de cabeça e pescoço?

O paciente precisa realizar uma biópsia (retirar com agulha uma pequena amostra do tumor) para o exame anatomopatológico, que dá o diagnóstico da doença.

A via depende da localização da região suspeita.

Pode ser feita diretamente da lesão primária (onde deve ter começado o problema) ou pode ser através de exames pelo nariz (nasolaringoscopia), pela garganta (laringoscopia), pela boca e aparelho digestivo (endoscopia digestiva) ou até guiada por ultrassonografia, feita por um médico radiologista (por exemplo, de um nódulo ou massa anormal no pescoço).

#7 Como é o tratamento do câncer de cabeça e pescoço?

Também depende da localização e do estágio da doença.

A equipe médica vai pedir exames de estadiamento, que nos auxiliam para definir se a doença é inicial, se é operável ou se está já numa fase mais avançada.

Solicita também avaliação multidisciplinar (de outros profissionais de saúde que vão nos ajudar), como da nutrição (pela perda de peso, frequente em nossos pacientes) e odontologia (a saúde bucal é fundamental no tratamento oncológico).

Tratamento Local (direcionado a um órgão ou região):

Cirurgia para câncer de cabeça e pescoço

Cirurgia

Consiste na retirada do tumor por operação.

Os linfonodos do pescoço podem ser também avaliados e retirados.

O tempo de internação, de recuperação e possíveis complicações dependem da região e do tamanho da cirurgia.

A equipe médica é composta por cirurgião de cabeça e pescoço e anestesista (para o paciente não sentir dores).

Radioterapia para câncer de cabeça e pescoço

Radioterapia

Radioterapia é a especialidade médica que utiliza radiação ionizante para tratamento de doenças, em sua maioria malignas.

A equipe responsável pelo planejamento, execução e acompanhamento é da Radioterapia, que inclui enfermagem e físico.

O número de sessões é determinado pela equipe da Radioterapia.

Atualmente, utiliza-se como base uma tomografia, onde é feito o planejamento do tratamento.

A radiação é indolor, invisível e aplicada em um aparelho chamado acelerador linear (como no Hospital Santa Paula).

A radiação pode ser direcionada a um tumor existente para eliminá-lo ou a uma região que já foi operada, com a finalidade de reduzir as chances de recidiva.

No caso de doença avançada a Radioterapia pode ser usada para tratar metástases em ossos e cérebro.

Também é possível amenizar sintomas como dor e sangramento.

Como efeitos colaterais, o paciente pode apresentar cansaço, assim como reações no local que for irradiado.

Pode causar inflamação da pele e das mucosas (como boca e garganta) quando irradiada a região de face e pescoço.

Pode causar dificuldade para comer e tomar líquido, por isso devemos ficar atentos quanto a nutrição e hidratação do paciente.

A Radioterapia pode ser realizada concomitante a Quimioterapia.

O tratamento é ambulatorial (não precisa de internação hospitalar), é realizado em dias úteis de segunda à sexta-feira e leva apenas alguns minutos.

Radioterapia - Dasa Santa Paula

Colaboração: Dra. Lorine Arias Bonifácio Teixeira, médica da Radioterapia da Dasa Oncologia – Santa Paula

Tratamento Sistêmico (para o corpo todo, função do Oncologista):

Quimioterapia

Quimioterapia

É o tratamento com medicamentos que agem diretamente contra as células do câncer.  Pode afetar também células “normais” do nosso corpo.

Em geral são venosos, o paciente comparece a um centro de tratamento e recebe a medicação pela veia.

A duração pode variar de minutos a algumas horas cada ciclo de aplicação, e depois ele retorna para casa.

A frequência varia conforme o esquema de Quimio, assim o paciente pode receber a medicação a cada 3 semanas, por exemplo.

Dependendo do esquema utilizado (com uma ou mais drogas combinadas, com maior ou menor dose), os efeitos colaterais podem ser mais ou menos intensos.

Os mais comuns são enjoo, vômitos, fraqueza, alteração de exames de sangue. Podem ocorrer queda de cabelo, diarreia, machucados na boca, alterações nas unhas, formigamentos nas mãos e mudança de apetite.

Quimioterapia - Santa Paula

Imunoterapia

Imunoterapia

É um tipo de tratamento para estimular e ativar a imunidade da própria paciente a combater o tumor.

Em geral são anticorpos venosos, aplicados pela veia do paciente, com intervalos a cada 2 ou 3 semanas.

Pode causar efeitos colaterais autoimunes, alérgicos e inflamatórios, pela própria ação dos remédios, que devem ser monitorados de perto pelo oncologista.

Terapia-Alvo

Terapia-Alvo

É um tratamento direcionado para alguma alteração específica (o alvo) que pode ser identificada no tumor.

Medicina Nuclear

Iodo terapia ou Iodo radioativo

É conduzida pelo médico nuclear, para os tipos mais comuns de câncer de tireoide.

#8 Como podemos prevenir ou reduzir as chances de ter um câncer de cabeça e pescoço na vida?

Além de não fumar e evitar abuso de bebidas alcoólicas, recomendamos sexo seguro e vacinação para o HPV (disponível no SUS e em serviços de imunização).

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